Quando Psiquê tenta atirar-se de um penhasco após ser abandonada por Eros (Cupido), é Pã que a impede e aconselha:
"Ó leal criada, eu sou um pastor rústico e rude, todavia, um deus antigo, e um especialista em muitas coisas; na medida em que posso aprender por conjectura, o que, de acordo com o termo que os sábios usam, é chamado de adivinhação, eu percebo pelo teu andar incerto, pelo teu tom pálido, por teus suspiros soluçosos e por teus olhos lacrimejantes, que estás muito apaixonada. Portanto escutai-me, e não vades a matar-te e nem chorar, mas sim adorar e louvar o grande Deus Cupido, e glorificá-lo por sua suave promessa de serviço." Quando o Deus dos Pastores falou, ela não deu nenhuma resposta, mas fez reverência a ele, para o deus que ele era, e assim partiu.
A Metamorfose de Lucius Apuleio, 4. 28 – 6. 24 (romance romano séc II E.V.)
(tradução livre feita do inglês por mim mesmo)
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