O isqueiro acende o cigarro, que é tragado e repousado sobre um cinzeiro improvisado em uma saboneteira. Um copo com um líquido escuro é derramado em sua boca, seguido de uma tosse áspera. A mão treme e segura a caneta, mergulhando a ponta em um tinteiro. Uma lágrima cai sobre o papel estendido na mesa, e outra tragada no cigarro a segue. Soa um instrumento fortemente soprado, o que parece remeter a algo antigo e rústico. Mas não há mais ninguém ali, apenas o disco tocando, a fumaça dançante e o café amargo no copo opaco.
Ele percorre o indicador sobre a pequena mancha da lágrima sobre a folha e risca uma frase com o nanquim: "Intoxicado de tanto sentir".